Há muito tempo que te larguei pequeno diário de amor, transitar para o Novo Ano não foi um processo fácil, a separação que se pretendia ser definitiva deixou-me perdida!
Mas, não foi definitiva, foram dois meses de silêncio. A passagem de Ano em silêncio, a deambular em casa por entre pensamentos que não queria ter...
Estarias bem? A festejar? Claro!
Feliz? Eu não!
Mas sorri ao ouvir o fogo de artificio e pensei: quero um ano diferente! quero ser livre de mim...
Janeiro, quebrou-se o silêncio, vieram as mensagens, os telefonemas, as músicas, e até o AMOR. MAS, eu fui atingida brutalmente pela desilusão...
É dificil, muito dificil, lutar com a depressão, é um dia após o outro a lutar com as pequenas coisas do dia a dia que tão dificeis se tornam de concretizar. E depois há que sorrir, mesmo sem vontade e por vezes até disfarçar com os amigos para não os preocupar tanto, mas às vezes é sentir que estamos a tentar caminhar e completamente sozinhos. Ultimamente sonho que quero subir escadas e não consigo, não tenho força nas pernas e o sonho torna-se em pesadelo.
Eu sou dessas mulheres que nunca pensou ter que vir a lutar com uma depressão, passei a respeitar mais os outros, e a agarrar-me a todo o amor que consigo sugar da vida, passei a fazer coisas que antes não me atraiam e até tenho um gato. O filho teve que crescer e ajudar a mãe a sobreviver, e tornou-se mais autónomo.
A ti, homem, eu continuo a amar muito, eu sei disso, mas como disse a desilusão atingiu-me brutalmente e a verdade é que ás vezes já nem sei quem somos...
