quinta-feira, 30 de abril de 2009

Parabéns!

Tão próximos e tão distantes, a tua voz mudou e sinto que trememos de cada vez que nos falamos... a tua voz mudou para que não se perceba o que te vai na alma... os meus olhos mudaram de cor e tornaram-se olhos da noite...

Mas hoje, hoje tem que ser dia de alegria, estás de parabéns e hoje eu sei onde estás...

Amo-te!

Sei que vais perceber o porquê da música que te dedico...


terça-feira, 28 de abril de 2009

Músicas e cartas de amor...

Clara Wieck, Leipzig, 1834

"Queria apanhar borboletas para as tornar portadoras de cartas para ti."

Cartas de Amor de Grandes Homens
Ursula Doyle



quinta-feira, 23 de abril de 2009

O VELHO DOS CONTOS

O velho dos contos desapareceu, costumava estar sentado na praia junto às redes, mexia nelas como que a agarrar o passado, enquanto desfiava histórias que nós ouviamos dentro dos búzios... tentei encontrá-lo, em vão! Queria contar-lhe a minha história, queria encontrar o meu conto!Mesmo sem o ver, o espaço estava lá, a alma esperava por novos ouvintes e novas confissões... falei sem tempo, sem horas, parei e por lá fiquei, de repente só me apeteceu viajar com ele pelos espaços onde se perde. As histórias não são muito diferentes umas das outras, ele sabe trabalhá-las, talvez pelos anos que levou a manusear as redes com aquelas mãos, com aqueles olhos, com o rosto de quem vive a sentir o coração dos outros.Mandou-me ficar e nem o vi, tinha para me dizer que o lugar de cada um está, no momento em que se encontra a mão aberta. Não percebi, não quis perceber, ainda não tinha visto essa mão aberta.Regressei ao final da tarde, estou ansiosa pelo fim de semana, perder-me no choro com os amigos, esquecer o lugar dos velhos hábitos. Agarrei no búzio, tenho comigo o velho dos contos e o seu cheiro a maresia e a sabedoria. Precisas de um búzio segredo...O velho dos contos lia nas entrelinhas e escutava como se ouvisse as belezas que o mar tinha para lhe dizer... e eu soltei os segredos dentro desse mar, ouvi as cançoes que me empurram a lutar. Porque sentimos vontade de lutar e eu vou através dos momentos escoar a minha alma. Lavei os segredos com a agua salgada colada no meu corpo, será possível quebrar as ondas nos sussurros da distância?

Hoje sei das tuas lágrimas...



AQUELA MULHER QUE DANÇAVA ENTRE VÉUS DE PENUMBRA.

FOSTE UMA DAS FOMES DO MEU CORPO.

INTACTA A GUARDO, VIOLADORA DE TODOS OS MOMENTOS,

PROLONGANDO OS GESTOS E O SORRISO NAVEGÁVEL

NAS VIGÍLIAS MAIS ANTIGAS QUE RECORDO.

DEMORÁVAMOS O OLHAR NOS OLHOS UM DO OUTRO,

ATÉ QUE O TEMPO NOS VENCESSE

E EVOCASSE A POSSE DESSE INSTANTE.

PARA MIM ERAS UM CALOR DE PÃO AINDA QUENTE,

O SAL E O LEITE MISTURADOS NO LENTO CAMINHAR DOS DIAS.

AO LONGE, O TEU OLHAR VIGIAVA A SOMBRA DOS MEUS PASSOS

E REDUZIA O UNIVERSO AOS LIMITES DO MEU CORPO.

JULGUEI QUE NUNCA CHORASSES,

MAS HOJE SEI DAS TUAS LÁGRIMAS INVISÍVEIS,

QUANDO DECIDI ABRIR A MÃO QUE SEGURAVA A MINHA.

CONTUDO, O PASSADO É O PASSADO,

E NESTE VIOLENTO SILÊNCIO O MANIPULO.

ASSIM - OU DOUTRO MODO - AQUI CHEGUEI,

A ESTE CUME, A ESTA SOMBRA ALADA QUE POSSUI O TEMPO E O DESFAZ

ENQUANTO PROCURO NOS TEUS OLHOS A CENTELHA DE VIDA,

QUE TENTO DISSIMULAR NOS MEUS.

HOJE SEI, A SÉRIO QUE SEI, QUE DE CORES NOVAS SE PINTA A VIDA,

E ENTÃO RESTA-NOS VOAR, QUE É O PRÉMIO DOS AMANTES

QUE SABEM DECIFRAR-SE NO CÓDIGO INVISIVEL DOS SENTIDOS.

MAS HÁ TANTO TEMPO ATRÁS NÃO SABIA QUE, NO AMOR,

NADA SE PERDE, NADA SE CRIA, TUDO SE REPETE ...

(da tua autoria)





terça-feira, 21 de abril de 2009

Murmúrios vermelhos...

O que sussuras desse lado da ponte? Não te consigo ver, está muito nevoeiro...

Eu não tenho mais vida para te dar, os meus olhos fecham-se perante a beleza das rosas que me ofereces todos os dias.
Tu sabes, as tuas rosas têm espinhos e ferem as minhas mãos, as mãos que tocam na tua face todas as noites...
Beijo os teus olhos gastos pelo tempo e percorro os teus cantos nos gritos da madrugada.
As nossas rosas selvagens estão por aí... perdidas no tempo, murmúrios vermelhos da nossa paixão!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Recorda com amor...

As borboletas fugiram do meu jardim ontem,
quando fui colher flores para nós...
Corri, corri atrás delas e em outros campos,
plantei a nossa voz!

Um dia, quando as borboletas regressarem e,
o fruto da nossa voz colhermos...
Serás tú, a nascente que jorra em mim eternamente!

Esta é para ti, com todo o MEU AMOR

terça-feira, 7 de abril de 2009

Guarda esta música...

Pedaços de ti...

Guarda esta música, sempre despertou em mim uma vontade enorme de dançar...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O fio da navalha...

Há muito tempo que não ouvia estas músicas!
Vejo-te na altura a gravares a cassete, o que estavas a sentir naquela altura amor? O que sentiste quando a gravaste? Ainda te lembras?

Escrevo aqui a resposta que me deste amor, sei que não vais ficar zangado...

"Lembro-me amor. Sei que a cassete era uma Sony inoxcrom, a melhor e mais cara que na época havia (se calhar por isso é que demorou tanto tempo).Sei também que todas as musicas foram alvo de uma selecção muito cuidada e criteriosa porque queria que funcionassem exactamente como uma mensagem. Resolvi que haverias de ter algo meu e sabia que o irias guardar sempre. AH, e cada vez que visses, ouvisses ou tocasses. Cada vez que um dos teus sentidos funcionasse, eu estaria contigo. Gravei músicas que tinham todas estas mensagens e fiz-me fotografar. Quer quisesses ou não eu ia estar ali como uma mumia a olhar para ti e a explicar-te todos os meus sentimentos através dessas músicas. "