sexta-feira, 29 de maio de 2009

Procuro à noite...

Não sei que caminho percorrer meu amor, não estou à tua espera, no entanto espero por ti, em vão, porque sei que nunca vais vir. Apenas em pensamento, apenas nos nossos sonhos, não duvido do teu amor, mas acredito na fragilidade do ser humano.
Há 19 anos procurei outro caminho com medo de sofrer, sim, porque eu já sabia na altura que tinhas muitos medos, agora deixei-me ficar, à espera, mas a lutar, a lutar pelo homem com quem tanto quis ter uma família, amar e envelhecer calmamente. Esse caminho, o meu passado escondido magoa-me todos os dias, teria sido diferente se eu tivesse ficado?
Releio as tuas cartas de uma vida, as tuas confissões, os teus desesperos e naturalmente meu amor, que questiono o facto de nunca teres conseguido soltar o nosso amor ao mundo. Eu sei, quando nos conhecemos já tinhas escolhido uma vida, a vida que achavas certa para ti, aquela que te ia ajudar a ser um homem com um caminho. Mas o nosso amor ficou a pairar no tempo, na saudade, no sonho, no coração de cada um! E aproximou-nos de novo, aliás, sinto que nunca nos separámos verdadeiramente, a ligação permaneceu forte, violenta, pronta a explodir. Mas as sombras continuam e agora com uma dimensão maior, novas vidas para acompanhar, laços de muitas cores. E neste novo mundo que construíste continua a não haver lugar para o nosso laço, para o laço do amor puro entre um homem e uma mulher que se desejam há tantos anos, que desejam descansar em paz, que estão fartos de andar às voltas.
Não sei que caminho percorrer meu amor, sinto um perfeito vazio…

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