quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Despedida...

Amor de sempre, amor puro, continuo a recordar com emoção o sentimento que vivemos naquela altura. As mãos dadas, os carinhos trocados, o dia em que revelámos um ao outro o que os nossos corações sentiam.
Foste tu que quiseste conversar comigo e me perguntaste porque não te tinha dito que gostava de ti, foste tu o corajoso, confrontaste-me. Mas não conseguiste confrontar o teu sentimento na altura, fugiste dele…
Passámos horas lindas a conversar e simplesmente a sentir-mos a vontade de conquistar o mundo, passámos horas a desabafar, eu não percebia porque simplesmente não podias tu terminar o teu namoro e lutar por mim, ficar comigo, e não te dei tempo, fugi e escondi-me em outros braços. Não vou dizer que não gostava do homem com quem me casei mas eras tu que estavas no meu coração muito escondidinho, guardadinho, e de cada vez que te via, chorava dentro de mim e tinha medo da vida… medo de perceber que tinha cometido um erro e que tu não lutaste por mim. Demorei anos a revelar estes sentimentos, apesar de que, as amigas próximas sempre o sentiram.
Anos e anos a pensar em como teria sido se eu tivesse insistido, se pelo menos não tivesses fugido depois daquela noite… a noite em que nos amámos e percebemos a dimensão do que se estava a passar. Parece tudo irreal, podia ter sido tão simples e não foi! Porquê? Porque fugiste e me deixaste esconder em outros braços, porque não lutaste pelo sentimento?

Porque não percebeste que eu gostava tanto de ti… sabias sempre as minhas notas, primeiro do que eu, assim que saíam tu já sabias, e se faltava às aulas e se me atrasava para fazer os trabalhos, como te aborreceste comigo naquele dia em que me atrasei.
Como me fazias feliz meu velho, hoje choro, muito, eu era a tua “bebe”, como meigamente me chamavas. E o teu olhar doce para mim, caramba, como me dou conta do que gostava de ti na altura…
Como está agora tudo tão longe, como te queria dizer que estou com tanto medo, como tenho tantas saudades tuas e em como escrevo neste diário para conseguir libertar a dor… não sei o que fazer, a vida está tão vazia, o meu coração, a minha metade está contigo.

Escrevo para mim e para ti que não me ouves…

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